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4º Afroidentidade discute educação, cultura e diversidade no âmbito escolar

Consciência Negra

Evento contou com mesa redonda, mostra de curta-metragem e oficina de turbante
por Mayana Matos publicado: 18/11/2022 15h30 última modificação: 22/11/2022 15h22

Nesta sexta-feira, 18, teve início a 4ª edição do AfroIdentidade.  A iniciativa busca reafirmar o compromisso do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) com a diversidade no que se refere ao povo negro tocantinense e brasileiro, de modo a sensibilizar toda a comunidade para a importância das contribuições do povo negro na miscigenação e na cultura brasileira. O AfroIdentidade faz parte da programação geral do Identidade IFTO 2022. 

No início da manhã, às 8h, foi realizada a abertura do evento com a apresentação artística do músico Alberto Bandeira e apresentação de dança "Harriet", com a estudante Ayalla Teixeira, do curso de Licenciatura em Teatro (Campus Gurupi). Em seguida, os gestores fizeram o uso da palavra e ressaltaram a importância da temática. "Um povo que não conhece a sua história, que não conhece a sua raiz, não tem futuro. Que este momento traga assuntos que possibilitem o pertencimento, sentir o orgulho de quem você é. Que vocês possam refazer a sua história pela raiz da sua origem", disse a diretora-geral do Campus Palmas, Noemi Barreto Sales Zukowski. 

Em seguida, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Márcia Adriana de Faria Ribeiro, falou da satisfação do IFTO promover o evento. "É um momento muito gratificante para nós, da Proae. É de grande satisfação estarmos aqui para mais um evento realizado como este. Ter a oportunidade de lembrarmos aqui também os 10 da Lei de Cotas e, entre tantos assuntos, debater esse marco dentro do IFTO", lembrou. 

"É um evento importantíssimo e, não por coincidência, o nosso evento acontece às vésperas do dia 20, Dia da Consciência Negra. Temos muita satisfação de termos, dentro do IFTO, um espaço para discussão no combate à discriminação, especialmente o racismo. Temos que lutar e combater ativamente contra todas as formas de discriminação, em todos os espaços. É fundamental o nosso papel nesse processo", disse o reitor do IFTO, Antonio da Luz Júnior. 

Raday de Carvalho Ribeiro, presidente da comissão organizadora do AfroIdentidade, falou sobre o propósito do evento. "O objetivo é compreender a importância da cultura africana, descrevendo sua trajetória e processos valorosos na formação da sociedade brasileira. Pretende-se abordar elementos necessários para fortalecer e promover essa cultura e seus aspectos na educação do povo brasileiro", disse 

O auditório central estava cheio de participantes para a mesa redonda "A importância da educação na formação da identidade Afro-brasileira", com Diego Panhussatti, estudante de Direito, militante do Enegrecer, Movimento Negro Unificado; Edilma Barros da Silva, advogada e ativista nas pautas raciais, membro do MNU: Movimento Negro Unificado; Nana Krishina, assistente social da Reitoria do IFTO (mediadora) e Sérgio Roberto Jorge, professor do IFTO. 

Ainda pela manhã teve a 1ª Mostra AfroIdentidade de curtas-metragens e, no período da tarde, foi a vez das oficinas de turbantes. 

O evento também faz alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, que é comemorado em 20 de novembro. A data foi instituída oficialmente pela Lei nº 12.519 e faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares.  Zumbi é considerado símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos dos afro-brasileiros. 

Premiação

O júri da Mostra de curtas-metragens foi composto pelos membros servidores Stânio de Sousa Vieira; Nanna Krishina de Rodrigues Silva e Rosângela Lopes da Silva. Confira o resultado da premiação: 

Vídeo: "ME GRITARAM NEGRA", com o total de pontos 9,1. 

Vídeo: "DAMAS NEGRAS", com o total de pontos 8,0.

A avaliação ocorreu a partir dos critérios disposto na chamada pública. O premiado da edição 2022 é o vídeo "ME GRITARAM NEGRA", do Campus Araguatins, com o estudante Vinícius de Brito Diniz, do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. E o segundo lugar foi o vídeo "DAMAS NEGRAS", do Campus Araguaína, com o estudante Carlos Rogério Sousa Camargo, do curso de Informática.