Notícias
Identidade IFTO conta com espaço dedicado à tecnologia, inovação e negócios
Espaço de Inovação
O ginásio de esportes do Campus Palmas, do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), transformou-se em um espaço dedicado à mostra de tecnologias, ao debate de novas ideias sobre projetos e negócios, a conversas sobre empreendedorismo e inovação. É que durante o Identidade IFTO, evento que aconteceu nos últimos dias 16, 17 e 18 de novembro, ele foi um Espaço de Inovação, em que diversas atividades dedicadas à pesquisa, à inovação e ao empreendedorismo estiveram em destaque.
Nesses dias, foi possível acompanhar o trabalho de estudantes que foram desafiados a resolver um problema na competição Ideathon, um espaço que tem como objetivo fomentar a criação de soluções específicas para problemas do mundo real. Nesta edição, as nove equipes participantes focaram-se na temática agro-sustentabilidade e propuseram alternativas para evitar o desperdício de alimentos hortifruti.
Os estudantes também colocaram em prática conhecimentos de diversas áreas na construção de robôs que, depois, competiram entre si no Campeonato de Robótica. Nas arenas "Seguidor de Linha", "Sumô" (750 gramas e 3 quilos) e "Resgate" (presencial e simulado) - modalidades da competição -, os robôs foram avaliados quanto à velocidade, força e resposta a obstáculos, respectivamente.
Fora das arenas, as equipes de estudantes tiveram seus desempenhos avaliados quanto ao desenvolvimento de programação (software) e construção de hardware (os robôs em si), ou seja, as técnicas utilizadas para fazer com que os robôs dessem as melhores respostas em cada uma das modalidades da competição. Para o estudante de Computação Júlio Jurema, que integra a equipe Guará Bots, a competição é um "amontoado de disciplinas", de dentro e fora do curso, "em uma só". E por isso, para o estudante, "participar da competição agrega bastante conhecimento, até pela troca de experiência com outras equipes".
Passando para os negócios e empreendedorismo, uma equipe de professores esteve à disposição de estudantes, servidores e comunidade em geral no Escritório de Projetos. O objetivo foi prestar consultoria inicial em ideias inovadoras com potencial de gerar algum produto ou negócio. A ideia foi mostrar o que o IFTO tem a oferecer e - na palavras da responsável pelo Escritório de Projetos, Gislaine Sales - como a instituição pode ajudar as pessoas a "tirar ideias da cabeça e ver como elas podem gerar uma propriedade intelectual ou um negócio".
Além disso, o público pôde participar de uma palestra provocada pela questão "Como transformar uma ideia em negócio", que integrou a programação do 1º Encontro do Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo. Jeferson Morais, que é diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade do Tocantins (Unitins) foi o responsável por apresentar às pessoas presentes algumas pistas de como sair do mundo das ideias e empreender.
A professora Erica Simonetti, que é coordenadora de Extensão do Campus Araguatins, é uma das responsáveis pela implantação de uma incubadora na unidade e ressaltou a importância de reunir atores articuladores dos campi com o único objetivo de tratar do fomento ao empreendedorismo e à inovação. "Saber que todos fazem parte de alguma forma e contribuem para o resultado e a retroalimentação desse Ecossistema é ímpar", completou.
Meninas na Ciência
Para desmistificar a ideia de que "ciência não é coisa para mulher", um grupo de mulheres conversou sobre a presença e o papel feminino nas ciências, tecnologia e nas inovações. Os desafios que as mulheres enfrentam e que oportunidades podem ter foram questões norteadoras da roda de conversa "Meninas na Ciência", que também integrou a programação do Espaço de Inovação. A ideia foi proporcionar às mulheres, em especial, às estudantes do IFTO um espaço de diálogo com o objetivo de estimular a reflexão e expressão das inquietudes, sobretudo, os desafios e perspectivas no cenário atual.
Para a estudante Joana Oliveira, do curso de Sistema de Informação da unidade de Porto Nacional, é desafiador fazer parte de uma área que é majoritariamente masculina. Ela faz parte da equipe de robótica Spartron e participou do campeonato de robótica. "Para se ter uma ideia, a nossa equipe tem onze integrantes, mas só três são meninas", destacou.
Contudo, a participação feminina nas ciências, em especial, as exatas e da terra, que ainda têm menor presença de mulheres, tem aumentado. "Nosso intuito é quebrar o estereótipo de que o fato de ser menina ou mulher, ela não pode fazer certas coisas. O que queremos expor é que existem desafios, sim, mas que a nossa mudança de postura começa por pensar que cada pessoa pode fazer algo não por ser homem ou mulher, mas por ser um ser humano e que somos dotados das mesmas capacidades", concluiu.