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Professor do IFRJ falará sobre robótica e apresentará o robô NAO
Jice
A robótica tem se tornado cada vez mais popular, principalmente entre os jovens. Isso pode ser observado no quantitativo de participantes na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que, neste ano, contou com um aumento de 21% no número de participantes. Diversas instituições de ensino já incluíram a robótica nos conteúdos das aulas. No Instituto Federal do Tocantins (IFTO), o tema é discutido tanto em cursos, como o de Mecatrônica e o de Informática, como entre os estudantes que participam da OBR, como é o caso da equipe GuaráBots, do Campus Dianópolis.
Devido ao grande destaque e à importância do tema, a robótica será um dos assuntos abordados na 7ª edição da Jornada de Iniciação Científica e Extensão (Jice), que este ano acontece no Campus Araguatins, entre os dias 19 e 21 de outubro. O professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) Helton Sereno, que além de coordenar o curso técnico em Automação também lidera a Equipe Jaguar de robótica aplicada, é um dos convidados do evento, e vai falar sobre a experiência da Equipe Jaguar e realizar um workshop sobre “Introdução à programação do robô NAO” e suas aplicações diversas.
Desde quando a Equipe Jaguar existe, e qual foi o objetivo de criação do grupo?
O projeto iniciou-se em 2009, como projeto de iniciação científica, e foi formalizado com a fundação da equipe em 2012. O grupo foi criado com o objetivo de motivar e preparar alunos para participação de competições na área de robótica, e, posteriormente, ganhou um papel como divulgador científico e tecnológico.
A equipe Jaguar já participou de quantas edições da OBR? E quais foram as principais conquistas?
A equipe participa, desde 2012, da OBR, e já conquistou a etapa estadual, em 2012, e ficou em 13º lugar no nacional no mesmo ano. Também desde 2012, a equipe participa da CBR (Competição Brasileira de Robótica), sendo campeã desde 2013 na categoria de dança para alunos do ensino médio e atual campeã em categorias como a liga combinada de futebol humanoide, em que competimos somente com universidades, incluindo estudantes de pós-graduação. Também participamos, desde 2014, da RoboCup, que é a copa do mundo de robôs, em que fomos campeões em 2014.
Como você avalia a importância do envolvimento de estudantes em grupos como a Equipe Jaguar?
Os estudantes, quando participam de projetos desse nível, apresentam um grande ganho na capacidade de solução de problemas, rapidez de raciocínio, trabalho em equipe, entre outras qualidades.
No IFTO, alguns estudantes que estudam robótica são de cursos de Informática, por exemplo. Na sua opinião, como a robótica pode contribuir na formação do estudante, em especial os do ensino médio?
Em estudos já realizados por professores da equipe, já foi comprovado o aumento do interesse de estudantes quando estão ligados a projetos dessa natureza, principalmente, por "verem" a materialização do que é estudado em sala e conseguir tornar o conhecimento divertido
O robô NAO tem sido bastante utilizado em escolas. Como ele pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem?
Esse robô é utilizado desde escolas de ensino fundamental até a pós-graduação, incluindo o ensino de portadores de necessidade específicas. Esse tipo de ferramenta permite uma abordagem por parte do professor que ultrapassa a "maneira tradicional" de ensino, pois, além de trazer à realidade do aluno a tecnologia presente no seu cotidiano, torna divertido e lúdico o aprender.
E o que pode ser trabalhado com este robô?
Esse robô possui diversas aplicações, desde ensino de portadores de autismo ao estudo do comportamento de robôs, trabalhando de forma coletiva, diversos estudos com essa plataforma são desenvolvidos em todo mundo. Nossa principal aplicação, hoje, é no futebol, mas iniciamos um projeto com alunos autistas esse ano.
O robô NAO estará na 7ª Jice, e convida todos para participar desse importante evento.
Confira o vídeo de convite para a Jornada: https://www.instagram.com/p/BK0-1aAjPr2/.